A Resposta para esta questão está intimamente ligada ao seu bolso.

Obviamente nada se compara a uma obra original de um artista, onde nela, podemos ver o relevo das pinceladas e sentir a energia empregnada do seu esforço sobre a obra.

No entanto, o valor de uma obra original nem sempre cabe em nosso orçamento.
Daí surgiram as reproduções, que proporcionam ao adquirinte obtê-las por um valor bem mais em conta.
Há duas formas de reproduções dentre as variadas técnicas: a autorizada pelo artista, com numeração de série e certificado de autenticidade, e a reprodução informal, feita com ou sem o consentimento do artista, porém sem numeração de série.

A reprodução autorizada, deve conter o seu respectivo número e o número total da tiragem.
Um exemplo: reprodução 20/100 - significa que ela é a vigésima de uma tiragem total de 100, autorizada pelo artista.
Reprodução não é a obra pintada novamente, e sim, uma cópia fiel seja em papel ou na própria tela utilizando as modernas técnicas de impressão.

Vale dizer que o mercado de arte reconhece apenas as reproduções numeradas e autenticadas pelo artista. As demais servem apenas como quadros decorativos.

A reprodução valoriza o quadro original

Quando uma obra é reproduzida em série, ela valoriza ainda mais a obra original, pois a torna mais conhecida e apreciada por um maior número de pessoas.

Ainda assim há quem queira exclusividade sobre certas obras. Nesse caso resta saber se está disposto a pagar por isso. Uma obra exclusiva tira do artista a chance de “diluir” o seu valor em reproduções e portanto, seu custo deverá ser renegociado com o artista.

Atualmente a técnica que tem sido mais usada em reproduções de pinturas, é o “Giclée” - conhecido também por “fine art”, por seu finíssimo acabamento e fidelidade à obra original. Este tipo de reprodução pode ser feito em papel (especial) ou canvas (tela).

Todas as obras da fase B deste site podem ser reproduzidas com número de série e certificado de autenticidade do artista. Isto significa que além do certificado elas são carimbadas e assinadas no verso, contendo o número de reprodução.

As técnicas de reprodução ajudaram a democratizar a arte na época do Renascimento. Era por meio dessas técnicas que cópias de grandes quadros viajavam pela Europa e influenciavam artistas. Além de ampliar o acesso às obras de arte famosas, o preço mais baixo (do que o de uma tela, por exemplo) permitia que mais pessoas pudessem adquirir obras de arte.

No passado, as técnicas mais conhecidas eram a XILOGRAVURA (matriz de madeira), a LITOGRAVURA (matriz de pedra), a GRAVURA EM METAL e a SERIGRAFIA (silk screem).

Até tu, Mona?!!


O Museu do Louvre, em Paris (França), colocou em exposição a “A Mona Lisa do Prado”, um quadro recém-descoberto, pintado por um discípulo de Leonardo Da Vinci. Trata-se de uma réplica, que se não tivesse sido pintada por um dos discípulos favoritos de Leonardo da Vinci, poderia ser considerada plágio.

No entanto, o que podemos afirmar é que na época em que foi pintada (1480-1524), o único meio de reprodução mais fiel possível a uma pintura era uma cópia pintada a mão.

O Grito em 4 versões


Uma das quatro versões feitas pelo pintor escandinavo Edvard Munch , foi vendida por US$ 106,5 milhões em um leilão de arte.

O Grito pode ser considerado uma pintura em série, pois há quatro versões do mesmo quadro pintada pelo artista, alterando somente as cores.

Obviamente que se Munch tivesse em sua época os recursos de reproduções que temos hoje, ficaria desestimulado em pintar quatro vezes o mesmo quadro, mesmo mudando a tonalidade em cada um...

"O Grito" tornou-se um dos quadros mais reproduzidos da história, inspirando inclusive, a máscara do filme "Pânico".

A Democratização da arte

Nos anos 60, quando alguns artistas passaram a criar obras de arte já prevendo a sua reprodução em grande escala. Era um novo conceito de arte moderna, resultado da reprodutibilidade técnica que a era industrial passava a permitir, opondo-se ao conceito de obra única até então dominante.

O artista húngaro Victor Vasarely, acreditava que o mito da obra única desapareceria: “Os artistas não podem desconhecer as vantagens que a técnica nos oferece. Devemos ser coerentes com a nossa época.
Temos que democratizar a arte!"

Através da multiplicação da obra de arte, os custos de produção são diluídos na tiragem, permitindo que um maior número de pessoas tenham acesso a um produto cultural.

Este novo conceito contrariava a arte considerada elitista, limitada a museus e coleções. Esta ideia entusiasmou muitos artistas.

Finalmente chegamos ao “Giclée”!

Conhecidas também como "Fine art", as reproduções são feitas a partir de uma obra original, digitalizada em alta resolução. As impressões podem ser feitas em várias superfícies. A mais comum e na tela (canvas) ou no papel (Glossy ou matte).

Esse tipo de reprodução tem sido utilizada por museus do mundo inteiro, galerias e casas de arte, em exposições, devido a sua grande qualidade e sofisticação. A impressão possui uma excelente qualidade e em muitos casos torna difícil diferenciar a reprodução da obra original.