As
técnicas de reprodução ajudaram
a democratizar a arte na época do Renascimento.
Era por meio dessas técnicas que cópias
de grandes quadros viajavam pela Europa e influenciavam
artistas. Além de ampliar o acesso às
obras de arte famosas, o preço mais baixo
(do que o de uma tela, por exemplo) permitia que
mais pessoas pudessem adquirir obras de arte.
No passado, as técnicas mais conhecidas
eram a XILOGRAVURA (matriz de madeira), a LITOGRAVURA
(matriz de pedra), a GRAVURA EM METAL e a SERIGRAFIA
(silk screem).
Até
tu, Mona?!!
O
Museu do Louvre, em Paris (França), colocou
em exposição a “A Mona Lisa
do Prado”, um quadro recém-descoberto,
pintado por um discípulo de Leonardo Da
Vinci. Trata-se de uma réplica, que se
não tivesse sido pintada por um dos discípulos
favoritos de Leonardo da Vinci, poderia ser considerada
plágio.
No entanto, o que podemos afirmar é que
na época em que foi pintada (1480-1524),
o único meio de reprodução
mais fiel possível a uma pintura era uma
cópia pintada a mão.
O
Grito em 4 versões
Uma
das quatro versões feitas pelo pintor escandinavo
Edvard Munch , foi vendida por US$ 106,5 milhões
em um leilão de arte.
O Grito pode ser considerado uma pintura em série,
pois há quatro versões do mesmo
quadro pintada pelo artista, alterando somente
as cores.
Obviamente que se Munch tivesse em sua época
os recursos de reproduções que temos
hoje, ficaria desestimulado em pintar quatro vezes
o mesmo quadro, mesmo mudando a tonalidade em
cada um...
"O Grito" tornou-se um dos quadros mais
reproduzidos da história, inspirando inclusive,
a máscara do filme "Pânico".
A
Democratização da arte
Nos anos 60, quando alguns artistas passaram a
criar obras de arte já prevendo a sua reprodução
em grande escala. Era um novo conceito de arte
moderna, resultado da reprodutibilidade técnica
que a era industrial passava a permitir, opondo-se
ao conceito de obra única até então
dominante.
O artista húngaro Victor Vasarely, acreditava
que o mito da obra única desapareceria:
“Os artistas não podem desconhecer
as vantagens que a técnica nos oferece.
Devemos ser coerentes com a nossa época.
Temos que democratizar a arte!"
Através
da multiplicação da obra de arte,
os custos de produção são
diluídos na tiragem, permitindo que um
maior número de pessoas tenham acesso a
um produto cultural.
Este novo conceito contrariava a arte considerada
elitista, limitada a museus e coleções.
Esta ideia entusiasmou muitos artistas.
Finalmente
chegamos ao “Giclée”!
Conhecidas também como "Fine art",
as reproduções são feitas
a partir de uma obra original, digitalizada em
alta resolução. As impressões
podem ser feitas em várias superfícies.
A mais comum e na tela (canvas) ou no papel (Glossy
ou matte).
Esse tipo de reprodução tem sido
utilizada por museus do mundo inteiro, galerias
e casas de arte, em exposições,
devido a sua grande qualidade e sofisticação.
A impressão possui uma excelente qualidade
e em muitos casos torna difícil diferenciar
a reprodução da obra original. |